A Doutrina

A DOUTRINA MARCIAL DO HAPKIDO

Na visão “doutrinária”,  o HAPKIDO promove a canalização da energia original em energia humana por meio da utilização dos três princípios: Água, Círculo e Harmonia. A arte não abrange apenas movimentos de ataque e defesa. Sua técnica fundamental é a utilização da energia “KI”, que juntamente com o treinamento físico, capacitam o praticamente ao domínio de seu corpo e sua mente. Uma vez em combate, deve-se harmonizar as técnicas do HAPKIDO e as condições físicas para o alcance de resultados favoráveis.

Sua filosofia fundamenta-se no aprimoramento do corpo e do espírito. No tocante ao corpo, beneficia a saúde fortalecendo os tecidos musculares e os órgãos internos através de seus exercícios fundamentais às transformações do corpo. As movimentações no treinamento desenvolvem as estruturas corporais e oferecem novos níveis de força e resistência ao atleta. No que diz respeito ao espírito, sua finalidade é o polimento moral de seus praticantes, moldando seu caráter e gerando, através de sua filosofia, respeito à preservação da vida.

Os golpes utilizados no HAPKIDO são simples em virtude de sua objetividade, mas exigem que o HAPKIDOísta atente para as leis que regem a natureza para a sua perfeita aplicação. Em movimentações de combate em linha reta, por exemplo, deve-se absorver, canalizar, controlar e desviar a intensidade oferecida girando o corpo em volta do seu eixo principal. Esse movimento circular, utilizado em técnicas de defesa pessoal por torções, projeções e arremessos, é capaz de anular, reter e até mesmo de lançar o atacante.

Na antiguidade, o homem sentia o seu corpo perder agilidade e força física devido às inevitáveis ações do tempo. A arte do HAPKIDO foi adaptada para suprir necessidades como esta, elevando os conhecimentos e a aplicação de técnicas simples, práticas, flexíveis e eficientes acima de qualquer situação e fatores externos. Seguro de suas habilidades, o praticante torna-se mais confiante, generoso, humilde e determinado.

Assim é o HAPKIDO, uma luta solta, livre, espontânea e eficiente. Não força o seu praticante a ser alguém, mas oferece o caminho e a sabedoria para que ele mesmo descubra o que realmente procura. A arte é maior que o homem e ele não deve ser forçado a adaptar-se a ela: deve apenas aprender a viver de uma outra forma.